História
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Não
existe documentação suficiente para fazer a história
desta vila, que se deve ter perdido pela acção do tempo
e incúria dos homens. A que chegou até aos anos 20, e já
não seria muita, perdeu-se num incêndio que destruiu os Paços
do Concelho e repartições públicas, em Novembro de
1923 . A investigação arqueológica revela vestígios de o Planalto Barrosão ter sido habitado desde os tempos pré-históricos, possivelmente desde a idade da pedra. Há muitos dolmens que foram identificados e estudados e, também, um numero significativo de castros. No local onde se encontra a vila de Montalegre, é provável que tenha existido um povoado castrejo pré-histórico que, mais tarde, teria dado lugar a um povoado de vocação agro-pastoril. Os primeiros
documentos que referem a existência da vila, datam do reinado
de D. Afonso III, o Bolonhês. É este rei, que reconhecendo-lhe
importância estratégica para a defesa da fronteira, concede
à “pobra de Montalegre” o primeiro foral, em 9 de Junho de 1273.
Em 1289 o rei D. Dinis, confirmou e renovou o foral. Aconteceu o mesmo
com D. Afonso IV, em 1491.
Esta concentração de fortalezas militares, provam bem a importância que Montalegre teve na defesa da fronteira. É certo que não se deu aí nenhuma batalha importante, mas as sortidas e escaramuças entre os dois exércitos, português e espanhol, eram frequentes. Por ocasião da Guerra Peninsular, o exército Napoleónico, comandado pelo Marechal Soult (2ª invasão), perseguido desde o Porto pelos exércitos português e inglês comandados por Wellesley, passou perto de Montalegre a caminho do Larouco, em 17 de Maio de 1809, onde atravessou a fronteira. |